terça-feira, 10 de março de 2009

OLHA QUE COISA MAIS LINDA MAIS CHEIA DE GRAÇA...


“Olha que coisa mais linda mais cheia de graça...” Tom Jobim

“Eu sou morena, mas formosa, Ó filhas de Jerusalém... És formosa... eis que és formosa”. Cântico dos Cânticos 1:5,15

Não me refiro apenas à garota de Ipanema, motivo dos versos cantados por Tom Jobim e popularizado em todo o mundo, mas a todas as mulheres criadas por Deus.

Mulheres Belas. Não porque contrastam com a Fera, que no caso nós homens muitas vezes somos ou nos tornamos, mas pelo próprio ser, pela própria singularidade que as tornam obra de arte contemporânea.

A forma pessoal com que se relacionam, dialogam, o ‘sexto sentido’, a percepção da vida, a pulsação, a própria beleza do corpo que expressa toda a criatividade, provisão, sustendo de Deus para humanidade.

Beleza que ultrapassa a fronteira da cor, raça, língua, sofrimento, experiência de vida, ligada pelos contornos da historicidade e cumplicidade ao longo dos anos.

Beleza que começou com uma costela do homem, mas logo, entre curvas e linhas precisas, experimentou a carne – uma carne delineada pelo artista escultor, o próprio Deus. Admirada pelo Pai, Filho e Espírito Santo – “tudo era muito bom” e pelo próprio ser masculino que se apressou para trazer a beleza junto de si ao bradar: “Ela é osso dos meus ossos e carne de minha carne.”

Mulheres cheias de graça. Uma graça que é perceptível nos olhos, boca, gestos, ações e reação, pela forma. Graça que contrasta com a desgraça do preconceito, da indignidade, da exclusão que luta sempre por não perder o favor imerecido de Deus em todas as áreas da vida fazendo-as plenas e com todos os direitos que são delas e podem ter, quando muitos querem isso somente para si, uma espécie de reserva de mercado.

Neste Dia Internacional da Mulher que se levante um tributo a essas mulheres cor-de-rosa ou multicoloridas “garotas de Deus...”.

Que contra toda a força do mal que tentam enfrentá-las e desgraçá-las, continuem lutando. Uma luta que não é como a nossa, seres masculinos, mas uma luta muito maior e que custa elevado preço, travada com toda a feminilidade que lhes é essência, fragilidade e resistência.

Mulheres que não aceitam serem aprisionadas por grades impostas pela sociedade machista e nem por dialogarem com ‘diabologias’, dicotômicas que separam direitos entre homens e mulheres. Mulheres, que apesar da moda unisex fazem questão de marcarem seus territórios com batons vermelhos, brincos, pulseiras ou, simplesmente, por exercerem uma feminilidade que ultrapasse qualquer artifício concedido pela sociedade de consumo.

Mulheres que erguem a voz como mulheres, que conseguem romper a barreira que humanamente seria impossível romper, que resistem a opressão da miséria, da afronta, que chorando ou sorrindo, mas valentemente se tornam firmes na vida, vida aliás que doam e partilham para toda a humanidade.

Queridas, Deus as abençõe. Sejam sobre vocês a beleza da estética, lindas, e a extensão da graça do Senhor, forma, e que este binômio possa torná-las mais completas para a vida, sendo um belo quadro de Deus para admiração, aprendizado e transformação de todos que o contemplam.

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