terça-feira, 20 de janeiro de 2009

As Visões Celestiais de um Líder


Seria um problema de visão? Essa é a pergunta que cada líder eclesiástico deveria fazer periodicamente a respeito de seu ministério na igreja de Cristo, principalmente quando as coisas não andam bem. Mas somente perguntar não basta. É preciso dar uma resposta satisfatória.
O apóstolo Paulo, diante no Rei Agripa, em Atos 26:16, afirma veementemente: “não fui desobediente à visão celestial”. Sua defesa foi baseada na convicção de que sua visão, não a humana, mas a espiritual, uma vez alcançada por Jesus Cristo, se tornou completamente comprometida com a obediência a Deus.
Creio que nós, líderes, muitas vezes não saímos do lugar, patinamos e até voltamos atrás porque vemos o que outros querem que vejamos e ouvimos o que muitos desejam que ouçamos. Em uma eclesiologia democrática isso acontece muitas vezes e dessa forma entramos em desacordo com a vontade de Deus, que traz as bênçãos para nossas vidas e ministérios.
Interessante o que aconteceu com Paulo quando era Saulo. O texto nos vers. 12 a 18, diz que outras pessoas estavam com ele quando Jesus se apresentou, mas somente ele viu. Os outros viram a luz, mas não o Senhor da luz, viram o clarão, mas não quem estava no clarão. Creio que Deus tem nos chamado para ver coisas que ninguém vê e certamente isso está dentro do escopo de um líder cristão.
A Bíblia está repleta de pessoas com ou sem visão. Obedientes ou desobedientes a visão. O caso, por exemplo, de Geazi, servo de Eliseu, que não viu o exército de Deus e precisou que o profeta orasse para que sua visão fosse aberta. Daniel, que diante dos companheiros de oração por 21 dias, teve a visão de tudo o que o Senhor iria fazer, o que não aconteceu com os que estavam ao seu lado. Os dois discípulos que correram para o túmulo de Jesus, sendo que o primeiro a chegar viu, mas não entendeu o cenário da ressurreição e o segundo, Pedro, viu e entendeu o que havia acontecido.
Creio que nem tudo é um problema de visão, mas tenho que admitir que, quase sempre, nossa visão é a responsável por desastres na vida da igreja de Cristo. Nossa visão precisa ser cada vez mais teocêntrica, temos que buscar ver o que Deus quer que vejamos. Precisamos nos comprometer com sua visão ao ponto de pagar, como Paulo, o preço de sermos guiados não por pessoas, mas por aquele que nos chamou.
Líderes do Senhor, tenhamos visões celestiais e nos movamos por elas. Certamente nossos ministérios serão abençoados e abençoadores e, no final de tudo, nossa defesa será: “Senhor, tu sabes que não fui desobediente a visão celestial”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário